Deploy na Sexta #52: Criando um produto para aposentadoria
Falta muito para eu me aposentar. Mas se tem uma coisa que eu já entendi, é que o futuro financeiro não vai se resolver sozinho. A conta é simples (e dolorida): se nada der certo, lá no fim da linha me espera o piso da aposentadoria, um salário mínimo. E vamos combinar? Isso não garante segurança.
Mas e se, ao invés de contar com o que o governo vai me dar, eu começasse a construir agora uma alternativa? Um produto. Algo que eu crio, coloco no ar, e que começa a pingar um valor mensal. Nada mirabolante. Só algo simples, que paga um café hoje, que vai ficar parado em uma conta, e que com o tempo, irá se tornar meu meu próprio "INSS paralelo".
A proposta é simples: construir aplicativos simples, com manutenção mínima e potencial de monetização contínua. A meta? Um salário mínimo por mês. Nem mais, nem menos. Se pagar isso, já é uma aposentadoria extra.
Um problema: não sei programação mobile
Pois é. Tinha a meta. Só faltava saber fazer. Nunca trabalhei com mobile, nunca publiquei um app e, sinceramente, a stack era um mundo novo pra mim. Poderia sentar, abrir um curso e começar sozinha? Poderia. Mas conhecendo meu ritmo, eu sabia que isso ia durar três dias no máximo antes de perder o foco. Eu precisava de um motivador. De alguém pra caminhar junto.
Foi aí que chamei um amigo. Também dev, também backend, também zero experiência com mobile. A diferença? Topou entrar nessa comigo pra aprender junto. Porque às vezes tudo que tu precisa é de alguém tão perdido quanto tu, mas igualmente comprometido.
A gente não formou sociedade, não desenhou canvas, não abriu empresa. Só combinou o seguinte: vamos fazer o primeiro app juntos. A ideia é simples. A meta é clara. E o caminho vai se formando enquanto a gente anda.
Cada um estuda um pouco, compartilha o que aprendeu, tira dúvida do outro e, o mais importante, não deixa o projeto morrer. Se vai dar certo? Ninguém sabe. Mas uma coisa é certa: sozinha, eu não teria passado nem do primeiro “Hello World”.
Qual problema vamos resolver?
A gente escolheu Flutter. Stack decidida, ambiente configurado, dedos coçando pra codar. Mas aí bateu a pergunta que trava 90% dos projetos: o que a gente vai fazer, afinal? A real é que a ideia ainda não estava definida. E, sinceramente? Isso não é problema. A gente entendeu que não precisava começar com “a grande ideia”. Precisava começar com algo. Um ponto de partida.
Antes de tentar resolver um problema de verdade, decidimos fazer o básico: criar um app do zero, publicar, entender o ciclo completo, da ideia até a loja. Porque tu pode ter a melhor ideia do mundo, mas se não souber empacotar, publicar, não vai pra frente.
Nosso objetivo com o primeiro app não é faturar. É colocar no ar. Publicar. Passar pelo processo completo, da ideia ao deploy. Enquanto isso, estamos em modo curadoria. Com os olhos atentos ao nosso redor. Observando coisas simples do dia a dia, apps ruins que usamos, processos repetitivos que poderiam virar botão. Não tem pressão. A ideia boa aparece quando tu tá em movimento.
A gente tá priorizando ideias com quatro critérios:
Simples de fazer: se a ideia exige API complexa, integração com terceiros ou autenticação pesada, ela já sai da lista. A gente quer algo que dê pra desenvolver em poucos dias, não em meses.
Úteis ou minimamente divertidas: ou resolve um problema pequeno do dia a dia, ou serve pra passar o tempo de forma leve. Não precisa mudar o mundo, só precisa entregar alguma utilidade real ou entreter.
Fáceis de explicar em uma frase: se a gente não consegue descrever o app em uma linha clara, é sinal de que tá complexo demais. Tipo: “um app pra registrar quantos cafés tu tomou na semana”. Fui trazer um exemplo e gostei dessa ideia rs.
Fáceis de usar: o app tem que abrir, mostrar a que veio e funcionar. Sem onboarding complicado, sem cadastro obrigatório, sem curva de aprendizado. Se a pessoa não entende em 10 segundos, tá mal feito.
A ideia é cortar o que exige tempo demais ou depende de mil variáveis. O foco é colocar apps no ar, não escrever tese de produto. E quanto mais direto o app for, maior a chance de alguém usar e, quem sabe, pagar por alguma coisa ali dentro.
Bom, amigos, essa é minha nova tour. No fim das contas, esperar pra cuidar da aposentadoria só quando ela estiver batendo na porta é receita pra frustração. O momento de agir é agora, enquanto a gente ainda tem energia, curiosidade e autonomia. Tu pode não ter tempo sobrando, nem grana, nem milhares de seguidores. Mas se tu tem acesso à internet, sabe programar e consegue resolver problemas com código, já tem tudo que precisa pra começar a construir tuas ideias.
💡 Indicações da semana
Já conferiu a pesquisa salarial? É o maior raio-x do mercado de tecnologia, com dados atualizados sobre salários, cargos, linguagens e tendências. Um panorama real de como tá a área, realizado pelo Código Fonte TV.
📘 15% OFF na Alura: Ah, e se tu também quer começar com mobile: eu tô aprendendo Flutter na Alura. O conteúdo é direto, prático e ideal pra quem vem do backend como eu. Quer dar um passo na tua carreira tech? A Alura é aquela plataforma que realmente te acompanha desde o começo. São mais de 1400 cursos de tecnologia e o melhor: com o cupom SPACECODING, tu garante 15% de desconto.
🧾 Contabilidade para Devs: Se tu é dev ou trabalha com tech e ainda tá sofrendo com burocracia pra emitir nota, a Agilize pode facilitar tua vida. Contabilidade online, prática e com suporte de verdade para quem quer focar no que importa: programar (e receber, claro).
💲 Receber Pagamentos do Exterior: Para receber freelas em moeda estrangeira utilizo a Nomad, tu crias tua conta de rapidamente e pelo meu link tu experimenta o serviço sem pagar nada no primeiro recebimento e ainda garante uns bônus usando meu link ou cupom SPACECODING.
Essa edição da newsletter levou 02:25 minutos pra ficar pronta. Gostaria que eu respondesse alguma dúvida tua em uma edição? Ficou com curiosidade sobre o o aplicativo? Deixa nos comentários pode ser o tema da próxima edição!
Nos encontramos no próximo deploy, quinzenalmente, às sextas-feiras, às 6h. 🖖